Olá todos,
Tenho falado aqui no Blog há vários meses sobre variados assuntos. Desde os mais técnicos até artigos com foco em explicar e educar a todos, desde clientes até aos curiosos em saber mais sobre tecnologia.
Mas fazendo uma mentoria e pesquisando sobre rumos, futuros e o mercado, fui concluindo que mais que tecnologia, há uma transformação de nossa sociedade como um todo que tem caminhado a passos largos no uso intenso do digital. Isso vem desde o final do século passado, tendo várias visões, desde otimistas até as mais pessimistas. O filme Matrix é uma prova disto, onde encantado pela tecnologia, podemos chegar a um futuro distópico. E já faz 20 anos.
Porém o que me dei conta e hoje estou falando abertamente, é a mudança do paradigma do final do século passado, onde você tinha que “domar” as tecnologias. Para isso, fazia-se cursos de Informática para aprender a usar o computador, com comandos específicos. Isto mudou muito onde, os dispositivos, sistemas e qualquer tecnologia hoje se mostra intuitiva. Com poucos cliques ou toques e uma exploração básica, você já sai utilizando e chega no objetivo desejado.
Este é o movimento chamado de Tecnologia Humanizada. Uma tecnologia que não necessita de tarefas ou processos complexos para ser utilizada. É a tendência e caminha para uma maturidade. Desde os prestadores de serviços em tecnologia, até quem desenvolve produtos desde hardware até software, tem que se atentar a isto.
Um produto (software ou hardware) não pode ter comandos ou passos que somente técnicos ou analistas conseguem realizar ou exija muito do usuário. Quando prestar um serviço ou implantar algo, tem que ser com objetivo que o usuário apenas “use” o que você acabou de fazer. E melhor, ajude todos a simplificar e agilizar processos ganhando tempo, sendo uma solução em função das pessoas.
Mas isto está em processo. Tem ainda muita gente prestando serviços e não focando no usuário. Pelo contrário. Diz que o usuário “não consegue fazer nada” ou “não entendeu como isto funciona”. Se rolar estas frases, reveja o seu conceito, ou trabalhe com outros produtos.
Alguns fabricantes também não ajudam, criando adaptações para seus produtos, que levam a passos sem fim para realizar uma simples função. Um exemplo claro disto, ainda são impressoras que devem conectar no wifi, para você poder imprimir via celular ou notebook. É vendido que é simplesmente baixar o app e seu notebook estar no wifi, mas na prática, deve-se imprimir “folhas de configs”, dar “comandinhos” com botões e um pouco de paciência.
A experiencia do usuário hoje é a chave para este conceito. Vemos concorrentes engolindo uma solução inovadora. O Snapchat ainda utilizados por alguns, está agonizando, pois a experiência de utilizar Stories em redes como Facebook, Instagram e outros é muito mais fácil e é um bom exemplo. Ou seja, estamos em processo e caminhando para uma maturidade entre serviços e produtos oferecidos versus a aceitação por parte de usuários e consumidores que olhem e vejam valor.
Portanto, acho importante entregar essa visão a todos, desde quem empreende em Tecnologias até os usuários e consumidores, para que entendam qual é a “pegada” desta nova década onde tecnologia entra em todos os setores e com o tempo será onipresente. Essa década será dos consumidores, que hoje tem voz ativa e não aceita qualquer produto e serviço. A prova cabal está em um setor como o entretenimento, que antes era proposto por artistas e sua visão e hoje os fãs chegam mesmo a exigir mudanças em filmes, como o Sonic, que não agradou e foi adiado o lançamento, para ser refeito sua imagem nas telas mais próximo do vídeo game.
E para finalizar, um conselho. A tecnologia humanizada, exige um conhecimento com análise de dados, preferências de segmentos de usuários, tendências de mercados e estratégia. Ao mesmo tempo que a internet é democrática, promove muitos a se aventurar por conta própria. Vemos principalmente em pequenos negócios que precisam de presença digital, realizar estratégias errôneas e que não tem resultado.
Lembre-se que o foco é o seu público, cliente ou fã. E ele é exigente e gosta de comodidade e facilidade.