Falarei aqui de um assunto bem comum hoje, mas que continua requerendo cuidado e as pessoas sempre negligenciam: senhas de acesso.
Desde um simples site para cadastro e uso de um serviço até mesmo as senhas financeiras de banco e uso do Internet Banking, vimos ainda muita gente utilizando senhas simples ou mesmo óbvias.
Por incrível que pareça, ainda hoje em listas de senhas vazadas, senhas como “1234” ou “123456” ainda são as senhas mais utilizadas e configuram o topo da lista.
Se você ainda utiliza senhas simples como as citadas ou utiliza números com datas de aniversário, repense seus conceitos.
Claro que hoje em dia criar senhas está se tornando um “parto”, onde dependendo do nível de segurança do serviço utilizado ou o local que trabalhamos, nos é exigido uma senha terrível. Mas quero deixar claro que isto é necessário e evita muita dor de cabeça, com hackeamentos de cartão de crédito, saques não autorizados de banco ou mesmo algo que com o tempo se tornará um risco: seu perfil ou usuário ser utilizado como laranja em algo ilegal ou não desejado, como uma postagem em redes sociais de algo que você nem sonhou em fazer ou mesmo comentar.
Segue agora, algumas dicas simples e funcionais, que pode evitar horas em telefones para cancelamentos de cartões em bancos ou operadoras ou mesmo ter que apagar posts indesejados:
- Utilize senhas com mais de 8 dígitos e com caracteres especiais – Senhas com mais de oito dígitos exigem mais tempo de análise e desencorajam o empenho do hacker ou invasores “preguiçosos”. Utilizar caracteres especiais como “#$@&” ~são opções e dificultam muito até mesmo softwares que decodificam. Nunca use sequencias já citados ou mesmo coisas conhecidas
- Não utilize a mesma senha para todos os acessos – é difícil dizer isto, mas tenha mais de uma senha. A mesma para todos os acessos, a partir do momento que é hackeado ou mesmo passa para alguém por necessidade, você abre um precedente para que todos os seus recursos passem a ser acessíveis. Lembre-se que mesmo para alguém de confiança, existem muitos curiosos que vão entrar em serviços ou acessos que você nunca imaginou.
- Utilização de dois fatores de autenticação – Serviços e sites que prezam por segurança, estão utilizando este recurso. Se for solicitado ou der a opção faça uso com certeza. Explicando, além da senha, será exigido um SMS, ou utilização de um programa, que gerará um outro código para você digitar e assim liberar o acesso.
- Troque de senha constantemente – outra queixa dos usuários é ter que trocar senha de tempos em tempos. Mas isto é necessário. Deixar uma senha que você usa há 5, 10 ou 20 anos, é um risco enorme. Como citado no começo do artigo, houve diversos vazamentos e algum cadastro antigo ou serviço que você utilizava, pode conter essa senha.
- Não utilize senhas óbvias – aqui o risco aparece quando alguém conhece o indivíduo ou verifica redes sociais e pode traçar um provável perfil. Senhas óbvias como nome do filho, data de nascimento, viagem recente ou marcante, etc são tentativas iniciais. Cuidado com o que é exposto, pois um assunto que você sempre comenta ou gosta, e você engloba em uma senha simples, pode ser utilizado. Muitas pessoas gostam de animais de estimação, citam o nome e geralmente tem a senha com o nome do animal, é um bom exemplo de falha que acontece.
São dicas simples e obvias, que se seguidas evitam muito transtorno. A última dica, para quem utiliza muitos serviços, tem que controlar senhas corporativas ou de seu negócio, é utilização de softwares que controlam senhas. Chamados também de “carteira de senhas”, nele você vai cadastrando as senhas de tudo o que utiliza e você deverá cadastrar uma senha “mestra” a única que você deve guardar e trocar periodicamente. O resto está guardado e criptografado dento do software. Cito aqui o “Keepass2” e “Dashlane”.
Como dito no título do artigo, isto é responsabilidade digital. E ninguém vai se responsabilizar pelos seus acessos com mais segurança que você mesmo. E lembre-se: você pode aprender esta lição da pior forma.