Olá todos,
Continuando essa série de artigos, onde falo sobre as tendências da tecnologia e seus caminhos pós pandemia, hoje falarei da fase 2. Apesar de colocar desta forma, claro que ela já começará em breve, mas não tão urgente como o pessoal da fase 1, que foram os setores mais afetados e tem que começar pra ontem.
Os setores aqui da fase 2, vai se exigir um pouco mais de planejamento, portanto serão projetos de vida mais longa. O próprio cliente destes setores, apesar de exigir a mudança, ela deve ser mais suave e gradual.
Vamos lá:
Indústria
Este setor, foi afetado pela crise dependendo do tipo de produção que exercia. Setores de indústria alimentícia não foram muito afetados, mas em compensação os de calçados e automobilísticos não podem dizer o mesmo. A grosso modo, no geral a indústria Nacional em 20 anos caiu muito. A China praticamente virou a “Fábrica do Mundo” e hoje nossas indústrias fazem complementos e muitas vezes dependem de peças e insumos do Oriente. Porém, esta é uma oportunidade, pois a pandemia mostrou que não podemos depender de um só local para fabricar tudo no mundo.
Quem tem visão, verá nichos para que se fabrique e complemente a produção chinesa e o mercado interno não dependa sempre daquele país. Mas será uma competição acirrada, não só com a China, pois entrará outros países.
O Pulo do gato aqui é a Industria 4.0. É um termo para automatização da cadeia produtiva como um todo, que vai desde controles via software dos equipamentos, até Inteligência Artificial passando pelo Machine Learning. Com isso deve se ter um planejamento estratégico e verificar uma consultoria que possa auxiliar desde a automatização de processo produtivo, até as métricas e KPIs necessários, para municiar a empresa e ser competitiva.
Mesmo sendo uma indústria pequena de bairro, ter pelo menos um software (ERP* e se possível integrado com CRM**) e KPIs básicos, será questão de sobrevivência.
Call Centers
Um dos setores que deve evoluir muito pós pandemia, pois é extremamente necessário para alguns negócios. Um exemplo foi no setor de turismo que usaram a exaustão o call center, para tirar dúvidas dos clientes sobre suas viagens e pacotes agendados neste período de fechamento de Aeroportos e Fronteiras.
Mas na prática, são mutas pessoas concentradas em um local, que já foi falado em artigos anteriores aqui no Blog, será uma tendência a ser mudada com o tempo num âmbito geral da sociedade. Mas de uma hora para outra acabar com a central, é impossível. A tendência, será os softwares de atendimento automático que acabarão com a demanda. Hoje, um software inteligente e bem planejado com reconhecimento de voz, pode amenizar a demanda de dúvidas simples e consequentemente, agilizar e reduzir os atendimentos. Isto aliado com o OminiChannel, onde os canais se fundirão em uma multiplataforma de atendimento ao cliente, também reduzirá a demanda e trará qualidade tanto para a empresa quanto para o funcionário do Callcenter que terá atuação pontual e cirúrgica para intervenção.
Centrais Administrativas de Médias e Grandes Empresas
Aqui, o que virá na segunda fase será uma evolução, onde estes setores com o tempo se tornarão virtuais. Com exceção de Departamento Pessoal, que deve ter um atendente local para casos pontuais, os setores Contábeis, Administrativos, RH e de Vendas deverão ter Home Office 60% ou até 70% do tempo. Reuniões marcadas na sede ou coworkings, farão o alinhamento de negócio e garantirá a sinergia. Agora quanto a produtividade, aqui entra a Tecnologia e a Transformação Digital. A chave serão os softwares de Colaboração e Controle de Projetos. Temos como exemplo, que foram amplamente utilizados na crise pandemica, o Microsoft Teams e o Slack.
Mas classifico como fase 2, por dois motivos: O primeiro, é sobre as pessoas saberem trabalhar desta forma. Foi muito brusco e temos diversas matérias dizendo que apesar da ferramenta ser fantástica, os funcionários, gerentes e administradores, ainda não se “adaptaram” para produzir. Com o fim do isolamento, isto deve ser aprimorado. O segundo motivo, as próprias ferramentas deverão evoluir e se integrar com Telefonia, trabalhar integrado com ERP*, CRM**, etc. As ferramentas devem se integrar no geral, com todos os players de mercado e não como uma solução total de um único fornecedor custando uma fortuna.
Essas são as tendências para a fase 2 dos setores menos afetados. Falarei do Futuro de médio a longo prazo na fase 3. Será mais um exercício de futurologia, diferente destas duas fases.
Até o próximo artigo, onde fecharemos com chave de ouro.
Abraços,
*ERP (Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos da Empresa), é um sistema de gestão empresarial. Ou seja, é um sistema de gestão integrada, responsável por cuidar de todas as atividades diárias de uma empresa, do administrativo ao operacional.
** CRM (Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente), é uma plataforma que armazena informações de clientes atuais e potenciais. Integra dados valiosos para preparar e atualizar suas equipes com informações pessoais dos clientes, histórico e preferência de compras.