Ultimamente, qualquer procura por uso de tecnologias que revolucionam o mercado, fatalmente encontraremos um artigo falando de Cloud Computing, a famosa Computação em Nuvem. Realmente, é um assunto que nos últimos anos vem cada mais se fortalecendo criando inclusive revoluções em muitos mercados e na forma de fazer negócio.
Porém vamos ter agora em 2020, o fim do ciclo de suporte a alguns produtos da Microsoft inclusive o Windows 2008 R2 Server. Com isso alguns servidores mais velhos com esse sistema deverão ser substituídos e muitos clientes e outros Analistas têm me perguntando, senão era melhor já levar tudo para a nuvem.
Bem, tudo carece de uma boa análise e vou colocar aqui alguns pontos que devem ser considerados, pois acho revolucionário utilizar tecnologias de ponta que agregam valor e coloca a empresa em outro patamar.
Quando usar Nuvem
Se a empresa tem tecnologia no seu DNA e ou seus colaboradores têm sede de recursos que aumentam a produtividade e não têm resistência a mudanças, este cenário é muito bom para esse tipo de migração. Neste perfil, um projeto bem feito de Nuvem, leva o negócio a outros patamares, onde tudo estará disponível como serviço e você terá acesso a sistemas, arquivos e alta disponibilidade. Porém devemos ponderar alguns pontos:
- Acesso Internet – Temos que ter um acesso robusto e controlado para que não falte banda para acesso aos recursos. Um plano de contingência com dois links é bem vindo.
- Sistemas Locais – Uma análise ampla e muito bem feita de como sistemas que rodam localmente no servidor atual serão migrados para a nuvem. Isto impacta muito a produtividade e a forma como os colaboradores se comportam frente a mudança.
- Cobrança de Tráfego – Uma análise financeira meticulosa do tráfego de Dados, pois plataformas como Amazon, Azure, Oracle Cloud Infrastructure e mesmo outras plataformas menores, cobram por dado trafegado. Mesmo sendo centavos, temos que verificar se a empresa pode e quer trabalhar com este custo mensal.
Mesmo a empresa sendo de pequeno ou médio porte, o benefício a longo prazo, sobretudo em escalabilidade é excepcional, onde empresas com grandes pretensões de crescimento terão retorno garantido.
Mesmo micro empresas com escritórios compartilhados e que trabalham ativamente na Internet podem pensar em utilizar um Serviço de armazenamento em nuvem com Backup integrado (Exemplo do Office 365 que já oferece esse serviço), onde terão bom retorno com custo fixo muito baixo. O fator a enaltecer é ter uma consultoria adequada para a migração, para que o “negócio da China”, não se torne um inconveniente enorme.
Quando usar um Servidor Local
Ter um servidor local vale a pena, em ambientes mais tradicionalistas, onde o tipo de serviço ainda está em época de mudanças na Transformação Digital e devido à natureza dos gestores ou colaboradores, uma mudança de paradigma como a nuvem pode impactar em produtividade.
Além disso, temos que concordar que acesso internet no Brasil ainda é caro e em muitos locais um aumento de custo apenas para levar os serviços na nuvem não se justifica. Temos ainda também muitos sistemas rodando, que simplesmente não poderão rodar em uma plataforma em nuvem. Apesar de muita gente emular o sistema para rodar remotamente, os usuários podem se perder na forma como deve ser feito o acesso, ou mais passos para o acesso, pode diminuir a praticidade que o sistema proporciona.
Tendo ponderado as situações acima, o Servidor faz sentido nos casos onde:
- Não há Acesso Internet veloz ou o custo é proibitivo;
- Sistemas Legados que não podem ser migrados para a nuvem;
- Sistema tradicional de organização da Rede, com hardware antigo que não justifica um novo investimento. (Impressoras Antigas, hardware de controle de produção que não funciona via rede com IoT, Equipamentos fora de linha, etc).
- Cultura empresarial com resistência a mudanças e novos paradigmas
Posto isto, devemos prever que migrar para um servidor mais novo, com novo sistema operacional mais moderno, também não garante que tudo funcionará como hoje. Sempre haverá adaptações a serem feitas. Nem tudo são flores numa atualização de um equipamento chave como um servidor.
Qual é melhor
Como dito no começo do artigo, aqui fizemos uma reflexão baseado em todos os pontos positivos de cada solução e no final uma pitada do que ponderar nos riscos de adoção de um ou outro.
Nada impede também que utilizemos soluções mistas como já presenciei, onde temos um servidor local para grandes volumes de dados, organização da rede local e já os serviços e sistemas, estão na nuvem, disponível para os colaboradores, onde estiverem.
O conselho que dou, é analisar muito bem o negócio e aplicar a melhor solução. Devemos também pensar para frente e aconselhar o cliente, visando o porte do negócio e lembrando que investimentos de TI sobretudo no Brasil são dispendiosos.
Mas lembre-se: a nuvem esta aí e com tempo não teremos como fugir dela.